MESA-REDONDA DA AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO E EMPREENDEDORISMO (ADE)

Num mundo globalizado, nenhum progresso pode ser alcançado se os cidadãos não forem adequadamente formados para concorrer em igualdade de circunstâncias.

Como proposta de solução, há necessidade de envolvimento dos jovens na cadeia de valor e na comercialização agrícola, como oportunidade de enveredarem por carreiras compensadoras no sector do agronegócio.

Este posicionamento foi definido recentemente por Policarpo Tamele, director executivo da Agência de Desenvolvimento e Empreendedorismo (ADE), durante a primeira mesa-redonda com os parceiros de corporação, que teve lugar na cidade de Maputo. Tamele recomenda uma abordagem multissectorial e definição de estratégias concertadas, através de mecanismos institucionais e incentivos fiscais, para resolver o problema do desemprego juvenil e do subemprego.

Políticas públicas e outros mecanismos de desenvolvimento devem reflectir-se nas formas de abordagem das questões da juventude em diferentes fases, devendo ser traduzidas na quantidade de apoio aos programas juvenis, referiu.

Ajuntou que se impõe a elaboração de políticas que tirem partido da energia e do empreendedorismo dos jovens, a fim de conseguir cativá-los para este sector.

Esta mesa-redonda com os parceiros constitui um marco no diálogo e advocacia por políticas consentâneas com os desígnios da juventude.

Para os mentores da mesa-redonda, são múltiplos os desafios que se colocam, nomeadamente o desemprego juvenil, a necessidade do envolvimento da juventude na cadeia de valor agrícola e aperfeiçoamento do empreendedorismo na criação de emprego e estabelecimento de negócios.

A redução da pobreza e a melhoria do bem-estar social, com promoção do desenvolvimento económico e social, constituem objectivos macro nas políticas públicas.

Esta preocupação surge numa altura em que se assiste, nos últimos tempos, uma tendência de aumento do desemprego juvenil, em geral, e nos jovens recém-formados, em particular, como resultado, sobretudo, da massificação do ensino superior no país, que se traduz no aumento da oferta de quadros não absolvidos pelo mercado do trabalho, num contexto em que o Estado, devido às suas limitações de absorver toda a mão-de-obra.

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