O feijão Nhemba cientificamente designado por (Vigana unguiculata (L) Walp), também conhecido por Southern Pea, Black pea, CowPea em países de língua Inglesa por Niébè na língua Francesa, Nyemba Bean no Zimbabwe.
Esta leguminosa cultiva-se em muitas regiões tropicais desde a antiguidade (Kay, 1979, Singh et al 1990).

A região de maior produção é a zona Sul, sendo o Distrito de Homoine juntamente com os de Vilankulo, Morrumbene, Massinga, Inhambane, Macia, Manjacaze, Xai-Xai, Manhiça e Marracuene são os maiores produtores de Feijão Nhemba em Moçambique (Heemskerk, 1987).

Em Moçambique, o feijão nhemba é uma cultura bastante importante. É cultivado em todo o país pelo sector familiar para a obtenção de grão seco, vagem fresca e folhas para a alimentação humana e venda. Segundo Heemskerk et al, (1985), o feijão nhemba é uma leguminosa que desempenha um papel importante na composição da produção agrícola Moçambicana. Constitui alimento básico para a população, exercendo a função social de suprir as necessidades alimentares das populações mais carentes. É também uma fonte de rendimento, no meio rural, onde os camponeses consomem e comercializam as folhas e o grão. Nos países menos desenvolvidos é amplamente cultivado pelos pequenos e médios produtores, sem o uso de irrigação, e, por isso, em mais de 60% do seu cultivo é observada deficiência hídrica em algum estágio de desenvolvimento da cultura (Singh, 1995). Apesar de ser uma cultura bastante importante, a produção e produtividade da cultura são afectados por uma vasta gama de factores que incluem os bióticos e os abióticos (Shao, 2008).

COMERCIALIZAÇÃO DE FEIJÃO NHEMBA EM MOCAMBIQUE

Esta leguminosa é comercializada sob forma de grão. Os principais fatores limitantes para os camponeses são a irregularidade da chuva, baixa fertilidade de solo, baixa qualidade da semente, pouca disponibilidade de meio de produção, fraco sistema de armazenamento, a falta de incentivos para a comercialização e deficiente assistência por parte da rede de extensão local (LINHARES et al., 2018).
O preço é o valor de troca que se oferece por alguma coisa que satisfaça uma dada necessidade ou desejo. Sendo assim, este, é o valor estabelecido e aceito pelo vendedor para efetuar algo. No preço poderá estar ou não incluído, além do custo, o eventual lucro ou prejuízo.
Os produtos vendidos podem ser diferentes entre os níveis de mercado resultado das perdas de comercialização, normalmente causadas por vários fatores tais como amassamento e apodrecimento, conforme a perecibilidade do produto (VASCONCELLOS; GARCIA, 2014). Zanin e Bacch (2016) relatam que a margem de comercialização é a diferença entre o preço pelo qual um intermediário (ou um conjunto deles) vende uma unidade de produto e o pagamento pela compra de quantidade equivalente para vender essa unidade. A equivalência faz-se necessária, para contabilizar perdas nos processos de armazenamento e transporte, além da existência de subprodutos.