ICM E A CCMI VÃO IMPLANTAR UM CENTRO LOGÍSTICO NA CIDADE DE XAI-XAI

PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO AGRÍCOLA

Ministério da Indústria e Comércio, através do Instituto de Cereais de Moçambique (ICM) pretende estabelecer em parceria com a Câmara do
Comércio de Moçambique um centro logístico no Município de Xai-Xai. O centro vai ser implantado nas infra-estruturas pertencentes ao ICM.

BILENE O anúncio foi feito pelo Director-geral do Instituto de Cereais de Moçambique Mahomed Rafik Valá após a assinatura de um memorando de
entendimento com a Câmara de Comércio de Moçambique Investimentos S.A., (CCMI), acto que teve lugar na passada sexta-feira no Município da Vila de
Bilene, Província de Gaza, durante a realização do III Conselho Consultivo do ICM, evento que vinha decorrendo desde quarta-feira.

A vice-ministra da Indústria e Comércio Ludovina Bernardo que procedeu à abertura do evento, desafiou o ICM a fazer deste Conselho Consultivo, uma oportunidade estratégica para o alinhamento organizacional e do aprimoramento do melhor modelo de gestão tanto endógena assim como exógena especialmente pelos desafios que se colocam nesta fase em que o país enfrenta a Covid-19, mas também pensando o que se pode fazer depois da Covid-19 de modo a tornar a instituição numa unidade operacional de terreno, sempre no terreno, próximo dos produtores e intervenientes na comercialização agrícola.

Sublinhou a necessidade de o ICM se tornar num mecanismo de fomento e profissionalização do processo da cadeia de comercialização agrícola, um ICM que constitui uma solução institucional integrada do qual também deve fazer parte a Bolsa de Mercadorias de Moçambique (BMM), o Instituto Nacional de Normalização e Qualidade (INNOQ), Instituto para Promoção da Pequena se Médias Empresas (IPEME), para além dos Serviços Provinciais das Actividades Económicas e das Direcções Provinciais da Indústria e Comercio para trabalhar de forma integrada visando o alcance dos resultados que o país espera de nós.

Queremos um ICM agente promotor da diversificação das exportações de produtos agrícolas de bandeira e também identificar novos produtos para os mercados, contribuindo assim para a melhoria da nossa balança comercial. Queremos um ICM como um instrumento de equilíbrio de preços e garante de uma segurança alimentar proactiva e não reactiva em linha como os mínimos impostos pelo Conselho de Ministros. Sabemos que o ICM é capaz, não obstante as adversidades que temos vivido nos últimos tempos, aliado à pandemia da Covid-19, o seu desempenho tem ao alongo destes anos mostrado progressos assinaláveis, exortou.

O memorando de entendimento ora rubricado, visa estabelecer mecanismos de colaboração institucional para a promoção da sustentabilidade e segurança alimentar, através de intervenções coordenadas e em parceria na cadeia de valor da comercialização agrícola.

Intervindo na ocasião, Mahomed Valá referiu que trata-se de instrumento reeditado porque o actual é mais operativo, pois esta parceria, prossupõe desde o início da cadeia de produção de várias culturas como alho, cenoura e a soja. A nossa expressão física de espaço será o centro logístico que poderá obviamente enaltecer um dos movimentos no Corredor de Limpopo para que daqui a mais algum tempo, com outra repercussão em termos de apoio e sobretudo de satisfação de mercados sem perder de vista a cadeia de valor de comercialização. Acreditamos perfeitamente que esta parceria é duradoura e vai trazer resultados nos meados da próxima campanha agrícola, disse o Director-geral do ICM. Por seu turno, o presidente do Conselho de Administração da Câmara do Comércio de Moçambique Investimentos S.A., (CCMI) Arlindo António Duarte disse que a CCMI está a fomentar a produção de cereais no Regadio do Baixo Limpopo, Província de Gaza.

O memorando de entendimento que acabamos de rubricar, é um importante mecanismo de colaboração institucional com o ICM para a produção, sustentabilidade e segurança alimentar e para a comercialização agrícola. Este instrumento é muito importante para nós porque vai integrar a cadeia de valor da qual a CCMI tinha como défice e com este instrumento vamos poder fortificar aquilo que é a cadeia de valor da comercialização agrícola. Por outro lado, a CCMI, através desta partilha de recursos que são as infra-estruturas do ICM, vamos poder iniciar a campanha em curso e poder mobilizar recursos para a comercialização agrícola do arroz, oleaginosas e leguminosas, disse Arlindo Duarte.

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