O Instituto de Cereais de Moçambique, lançou no dia 19 de Dezembro de 2019, no Auditório da sede BCI o seu PLANO ESTRATEGICO.
O Plano Estratégico do ICM 2020-2029, surge como um quadro orientador, instrumento harmonizador e mobilizador de sinergias para impulsionar o desenvolvimento do subsector da comercialização agrícola, com maior incidência nas zonas rurais e periurbanas e tem como o objectivo geral facilitar o acesso ao mercado e permitir a circulação eficiente de cereais das zonas com excedentes para as deficitárias sem comprometer o crescimento e o desenvolvimento dos mercados, onde o ICM deve ser um actor de promoção do desenvolvimento da cadeia de valor da comercialização e do mercado e não necessariamente um operador directo.
Intervindo na cerimónia de abertura, o vice-ministro da Indústria e Comércio Júlio Pio, disse que o Ministério reconhece e saúda de forma muito especial aos produtores, agro-processadores, comercializadores, industriais e provedores de diferentes serviços, e todos os intervenientes e parceiros pelo reiterado empenho na causa da dinamização das cadeias de valor dos produtos agrícolas para a produção de alimentos, em quantidade e qualidade, para a garantia da soberania alimentar e erradicação da fome em Moçambique. De acordo com Júlio Pio, o Plano Estratégico do ICM adquire uma importância no quadro da comercialização agrícola para criar uma reserva de cereais de forma a garantir a segurança alimentar, facilitar o processo de absorção da produção local pela indústria nacional e contribuir para a estabilização de preços na base de parcerias e sinergias com o sector privado. A Estratégia sugere que o ICM seja um actor de promoção e facilitador para o desenvolvimento do processo da comercialização e dos mercados como um interveniente de último recurso, por tanto o sector privado assume a liderança nas funções das cadeias de valor desde a provisão de insumos, cadeia de produção, comercialização até ao processamento, disse o vice-ministro. De acordo com Júlio Pio, a operacionalização do Plano Estratégico terá como impacto um conjunto de acções nucleares e estratégicas ao longo dos próximos 10 anos, conducentes a estabelecer um sistema comercial eficiente e bem estruturado de modo a estimular a produção agrícola e promover a comercialização com efeitos directos na elevação da renda familiar nas zonas rurais.
Por sua vez, o Director-geral do ICM Mahomed Rafik Valá ao apresentar o Plano Estratégico, disse que o instrumento procura orientar a instituição reestruturar, sugerindo modelos de boas práticas e experiências bem-sucedidas para cada uma das funções nucleares do instituto e assegurar que as acções do Governo venham a estimular a produção agrícola e promover a comercialização agrícola, ao mesmo tempo, garantindo mecanismos para a segurança alimentar. Para Mahomed Valá, é que a estratégia geral do ICM seja um pilar do desenvolvimento da comercialização e indução de organização de mercados e, não necessariamente um operador directo, com a ressalva de que as suas actividades, pelo menos a curto e médio prazo devem continuar a ser financiadas pela posse de activos físicos que são alugados aos operadores privados e instituições corporativas.
A cerimonia de lançamento do Plano Estratégico do ICM contou com a presença de Instituições ligadas a comercialização, Instituições públicas, parceiros de Cooperação , Academia, sector privado entre outros convidados.