ICM E GAPI, SI REFORÇAM LINHA DE CRÉDITO ESPECIAL PARA COMERCIALIZAÇÃO AGRÍCOLA

Instituto de Cereais de Moçambique (ICM-IP) e a GAPI, SI., rubricaram na sexta-feira 30 de Junho de 2021 em Maputo, a Adenda N° 5, -instrumento que permite o reforço da Linha de Crédito Especial para o Apoio à Comercialização Agrícola (LCCA) no valor de 36 milhões de meticais. “MAPUTO – Trata-se de uma linha que conta actualmente com um fundo de cerca de 311.520.354,00 meticais, comparticipado pelas duas instituições. Cumulativamente, até ao primeiro semestre de 2021, foram aprovados através deste fundo, 212 operações de crédito no montante total de 233.750.000,00 meticais, sendo 63 por cento na zona Norte, 27 por cento na zona Centro e 10 por cento na zona Sul do país.

Estes financiamentos permitiram comercializar cerca de 100 mil toneladas de diversos produtos agrícolas, envolvendo, directa e indirectamente, cerca de 136 mil famílias nas zonas rurais, dos quais 60 por cento são mulheres.

De acordo com os signatários deste instrumento, a experiência da operacionalização desta linha de crédito, com operações de rotatividade de 90dias, com taxas de juro de 1.5 por cento ao mês, com um limite até  2.500.000,00 meticais, é bastante positiva e encorajadora a avaliar pela taxa de retorno dos reembolsos calculada em 94-95 por cento, índice considerado  extraordinário.

Intervindo na cerimónia, o presidente do Conselho de Administração (PCA) da GAPI, SI., Adolfo Muholove, disse que “para aquilo que é a LCCA hoje, em termos de resultados e impactos, é uma linha que está a contribuir para o desenvolvimento da cadeia de valor agrícola, com particular realce para o aumento da produção e da produtividade, o aumento da renda das famílias, a contribuição para a inclusão económica dos moçambicanos e também a inclusão financeira”.

Por sua vez, o director-geral do Instituto de Cereais de Moçambique-IP. Mahomed Valá destacou a importância da Adenda rubricada, afirmando que a mesma reforça a Linha de Crédito Especial de Comercialização Agrícola e que este reforço, efectivamente, é para proporcionar cada vez mais e melhor, a dinâmica da comercialização agrícola em Moçambique na sua plenitude”.

Reafirmou que embora o valor não seja muito ‘gordo’, “mas cada vez que há intenção de ambas partes nós levamos os nossos dividendos e colocámos à mercê da nossa população porque acreditamos perfeitamente há introdução de um movimento creditício no meio rural sobretudo, nos nossos principais beneficiários que são os intervenientes da comercialização que vão alavancar aquilo que são as premissas, tanto de inclusão económica, inclusão financeira e eventualmente, uma inclusão que é da melhoria da vida das nossas populações”.

De acordo com director-geral do ICM-IP, os desafios são enormes para o futuro com perspectiva de mais beneficiários a receberem o crédito. Obviamente, os desafios não estão só plasmados nas duas instituições, “mas este movimento acaba sendo um aspecto muito importante de buscar e inspirar a outras instituições financeiras, mesmo bancárias de modo a entrarem neste movimento e aí lisonjear o Vale do Zambeze, lisonjear o Banco Nacional de Investimentos (BNI) que têm uma carteira para diferentes categorias de financiamento, mas têm dado algum aprumo ao financiamento da comercialização que efectivamente é traduzido por tirar os excedentes das mãos dos produtores e pôr a mercê do mercado e provocar, maior dinâmica. Acreditámos que outro desafio importante é a questão da pandemia da Covid-19 que nos assola nos últimos dias, mas temos dito que cada dia, uma das formas de estarmos mais imunizados é termos a diversificação da nossaalimentação. A diversificação da nossa alimentação para estar no prato é preciso que a produção saia das mãos dos produtores para os consumidores de uma forma geral. Portanto, estes são os grandes desafios, mas continuarmos desiderato de mobilização de recursos, todos nós estamos bem, mas se comungar esforços de forma bilateral, multilateral acreditamos efectivamente que os nossos arcaboiços em termos de recursos financeiros vão crescer e obviamente ao final do dia vamos ter muitos e mais moçambicanos a fazer a comercialização agrícola”.

Referir que até ao período em análise foram gerados mais de mil postos de trabalho, dos quais, cerca de 700 são homens e 400 mulheres. Do total de 212 créditos aprovados, 75 beneficiaram a jovens de 20 a 40 anos de idade e 137 de 41 anos de idade em diante.

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